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Mostrando postagens de agosto, 2016

Viúvas e viúvos — O que eles precisam? Como você pode ajudar?

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Sob a luz fraca da cozinha de seu pequeno apartamento, Jeanne põe a mesa de forma mecânica. Afinal, ela precisa comer alguma coisa. De repente, olha para os dois pratos à sua frente . . . e cai em prantos. Por força do hábito, ela pôs a mesa para dois. Faz dois anos que seu querido marido faleceu. PARA quem nunca passou por isso, é impossível entender como é grande a dor causada pela perda do cônjuge. De fato, a mente humana demora para aceitar essa terrível realidade. Beryl, de 72 anos, não conseguia aceitar a morte repentina de seu marido. “Parecia mentira”, diz ela. “Eu não podia acreditar que ele não entraria mais por aquela porta.” Depois de uma amputação, alguns às vezes sentem que ainda têm aquela parte do corpo. De forma similar, pessoas enlutadas às vezes “veem” seu cônjuge amado no meio de uma multidão, ou percebem que estão falando para o cônjuge que já não está mais ali. Amigos e familiares muitas vezes não sabem como reagir diante desse sofrimento. Conhece algué

como ajudar um filho a encarar a morte

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Quando ocorre uma morte na família, tanto os pais como outros parentes e amigos muitas vezes não sabem o que dizer ou fazer para ajudar os filhos a encarar o que aconteceu. No entanto, os filhos precisam dos adultos para ajudá-los a encarar a morte. Considere algumas das perguntas que se costumam fazer sobre como ajudar os filhos a entender a morte. Como explicar a morte aos filhos?  O importante é explicar o assunto em termos simples. Seja também veraz. Não hesite em usar palavras reais, tais como “morto” e “morte”. Por exemplo, poderá sentar-se com o filho, tomá-lo nos braços e dizer: “Aconteceu uma coisa muito, muito triste. Papai ficou bem doente duma enfermidade que poucas pessoas contraem [ou outro fato verídico do caso], e morreu. Ninguém tem culpa de que ele morreu. Vamos sentir muita falta dele, porque o amávamos, e ele amava a nós.” Todavia, pode ser útil explicar que o filho, ou o pai ou a mãe, não vão morrer também só porque às vezes ficam doentes. Anime-os a fazer

A DOR E O CHOQUE DA MORTE SÚBITA

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Conheça impactos desta perda e caminhos para se adaptar à nova realidade por Celia Lima Não existem lutos fáceis. Mesmo quando uma pessoa fica doente por um longo período antes de morrer, no momento em que ela se vai é que a perda é concretizada. Um profundo sentimento de impotência toma conta dos que ficam, mesmo que a interrupção do sofrimento seja entendida como benéfica, tanto para o doente quanto para os familiares. Os sentimentos que acometem quem fica vão desde a culpa até a raiva, passando pelos fantasmas do abandono, da rejeição, do inconformismo. São muitas as facetas do luto . Mas saber da possibilidade da morte, seja por doença, por internação prolongada, porque assistimos a lenta partida de nossos velhinhos que simplesmente adoecem pois precisam morrer um dia, ou porque acompanhamos a evolução de uma metástase ou de outras doenças degenerativas que não têm cura, faz com que a pergunta "quando?" esteja mais presente e, assim, vamos nos preparando para a d

A dor de quem carrega a lembrança do suicídio de um ente querido

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Do UOL, em São Paulo Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), no mundo, a cada 40 segundos, uma pessoa se suicida. Ainda assim, quase não se fala sobre o tema. "É um tabu. Tanto a sociedade quanto os sobreviventes do  suicídio  têm dificuldade em falar do assunto. Tirar a própria vida é um contrassenso em relação a tudo o que normalmente buscamos em nossa existência", explica a psicóloga Valéria Tinoco, do Instituto Quatro Estações, especializado em luto, em São Paulo. Quem enfrenta a perda costuma ter culpa, vergonha, fracasso e até raiva. “É importante que o enlutado entenda que o suicida estava adoecido emocionalmente e que procure encontrar um significado para o que aconteceu”, diz a especialista. Veja, a seguir, três depoimentos de pessoas que perderam entes queridos para o suicídio: imagem: André Durão/UOL Kátia Maria de Fátima Arantes, 58, aposentada, Rio de Janeiro (RJ) "Meu filho Daniel tinha 25 anos quando se matou, em