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Mostrando postagens de fevereiro, 2014

Pais órfãos

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Fonte: grupo casulo Pais órfãos de filho: sobrevive-se a essa dor? por Regina Wielenska "... não vale tentar confortar um pai ou mãe enlutados contando-lhes histórias de perdas aparentemente mais trágicas (a família que perdeu três crianças de uma vez só no ônibus escolar que capotou, os gêmeos prematuros que morreram na UTI neonatal, etc. Dor é dor. Ponto final" Segundo as leis da probabilidade (ou da natureza, dirão alguns), pais morrem antes de seus filhos. Infelizmente, isso não é verdade absoluta. Tão ou mais dramático do que uma mulher morrer no parto é a mãe e o pai perderem seu filho, recém-chegado ao mundo ou “homem feito”, com algumas décadas de vida. A morte do jovem é a ruptura de paradigmas nos quais aprendemos a acreditar. Violência urbana, acidentes de toda espécie, doenças que ainda não sabemos curar ou a pura falta de assistência digna de saúde, esses são apenas alguns dos motivos que levam jovens ao óbito precoce. O sofrimento no luto tem tamanho? Há quem

Luto no processo de envelhecimento: é possível superar as perdas?

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Postado por:  ABG - Associação Brasileira de Gerontologia   Estamos sujeitos a enfrentar diversas perdas durante a vida: o fim das relações de trabalho em decorrência da aposentadoria; a diminuição da acuidade visual e auditiva; a morte de amigos e companheiros. Essas situações podem desencadear o processo de luto que foi dividido em quatro fases pelo estudioso John Bowlby: 1) Fase de entorpecimento – dura de algumas horas a uma semana, onde os sentimentos predominantes são: a raiva, a tensão e a apreensão. 2) Fase de anseio e busca pela figura perdida- a pessoa começa a vivenciar a realidade da perda. São frequentes o desânimo intenso, aflição e choros, ao mesmo tempo podem surgir inquietação, explosões de raiva, insônia. 3) Fase de desorganização e desespero – nessa etapa a pessoa tenta se ajustar à perda. 4) Fase de maior ou menor grau de reorganização- se houver elaboração positiva do luto inicia-se a aceitação de que a perda é permanente e que é o momento de recon

O PROCESSO DE LUTO

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Luto pode ser definido como um conjunto de reações diante de uma perda, portanto algo a não ser desprezado, e sim, devidamente valorizado e acompanhado, como parte da saúde emocional. O luto é “afinal o acontecimento vital mais grave que a maior parte de nós pode experienciar” (Parkes, 1998, p. 44). Sua dor “ é tanto parte da vida quanto a alegria de viver; é talvez, o preço que pagamos pelo amor, o preço do compromisso” (Parkes, 1998, p. 22). Não obstante, cumpre considerar que o luto “não é um conjunto de sintomas que tem início após uma perda e, depois gradualmente se desvanece. Envolve uma sucessão de quadros clínicos que se mesclam e se substituem” (Parkes, 1998, p. 23). Podemos tomar como conceito bem adequado o de que “o luto é um processo de aperceber-se, de tornar real o fato da perda” (Parkes, 1998, p. 199). Desde milênios vemos presentes os rituais, os quais sempre tiveram a finalidade de servir como uma forma de proteção no conflito vida x morte. Podemos ver no lut

Leitura Recomendada: SAUDADE `A SOMBRA DE UM IPÊ

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             Na vida, existem encontros que independem de um contato físico, da presença, para que uma sintonia fina nos envolva com determinadas pessoas.              Assim parece ter sido com a querida Maria Eliete, lá de São José do Rio Preto, que desde seu primeiro contato já mostrou ser uma pessoa especial, daquelas que nos surgem pelo caminho como que vindas para acrescentar serenidade e mensagem de esperança para tantas pessoas.             E eis que no dia 29 de janeiro a Maria Eliete me surpreende ainda mais, desta vez com uma lembrança especialmente tocante: trata-se de seu livro “Saudade à sombra de um ipê”.               Elogiar o estilo, o modo como Eliete nos envolve na bela trama de sua obra, obviamente pode parecer suspeito, vindo de mim, mas qualquer pessoa sensível se emocionará com a experiência de Anna e Miriam. E quantos de nós, ainda, não se identificarão com as descobertas daquela amizade?              Bom, acho que não vou ficar aguçando a curiosidade d