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Mostrando postagens de agosto, 2012

A dor do luto

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O luto como já dito, carrega em si a dor, viver é estar em constante luto e elaboração do mesmo. Essa elaboração é a ponte que nos leva da dor ao prazer. Luto é aprendizagem, é experiência. O luto nos torna humanos, que sabemos, somos mortais. portanto, a morte é nossa fiel amiga e não podemos fugir dessa fidelidade. Ela pode ser ludibriada, se postergada, atrasada, mas nunca deixará de vir ao nosso encontro, como disse ela é fiel e cumpre o que promete, cedo ou tarde. Ela nunca deixa de estar presente, para nos mostrar como num espelho, nosso corpo a todo tempo desnudado pelo real. O real é a própria morte, são as perdas, os fracassos, as decepções, as frustrações, as amputações do desejo. Entretanto, o real nos pega mesmo a contra gosto, e por vezes nos mostra exatamente o contrário, que tudo tem um fim, que tudo isso não passa de um conto de fadas. O castelo de cartas cai por terra. Dor, sofrimento, luto. A elaboração do luto é a ac

Superação pela solidariedade

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CIDADANIA Projetos criados com base em tragédias familiares mostram que ajudar quem precisa pode amenizar as dores do luto Débora Weber tinha 22 anos quando sofreu um acidente de carro na BR-116 no limite entre os municípios de Mandirituba e Fazenda Rio Grande e morreu, no Dia das Mães do ano passado. A família, que administra um centro de formação de condutores no primeiro município, nunca descobriu o que realmente provocou a colisão, mas sabia que não queria enfrentar a dor da perda em silêncio. Da manifestação por segurança na rodovia surgiu a vontade de criar um projeto maior, que combatesse todas as formas de morte trágica, e o desejo de ajudar os moradores carentes da região. Em agosto do ano passado, a família organizou o primeiro Dia da Esperança, com serviços gratuitos de recreação, cidadania e bem-estar. O evento recebeu 2,5 mil pessoas e contou com 400 voluntários. Assim como a iniciativa dos parentes de Débora, outros projetos surgiram como superação de uma dor ou t

Blog Páginas Escolhidas

Queridos Amigos, publicamos aqui a recente postagem do Blog Páginas Escolhidas, de nosso querido amigo Nazir, onde carinhosamente apresenta os ASDL para seus queridos leitores. Abaixo, confiram o que ele escreveu sobre o trabalho dos Amigos e de ZElinda:  No último sábado deste mês de julho de 2012, aboletei-me em frente ao aparelho de televisão para assistir a mais um depoimento dado por Zelinda, relacionado ao grupo de ajuda,que ela coordena, há já  oito anos, e  cujo nome dá o título a estes comentários.  Como se tratava de uma entrevista gravada, que a emissora(*) iria reproduzir, pudemos assistir juntos,  ela para conferir a própria postura diante das câmaras e microfones e eu, para  simplesmente assistir pela primeira vez.             Ao iniciar-se a apresentação pela entrevistadora, Profª Ana Flávia Pegozzo Fedato e tendo diante de mim, imagens e sons perfeitos dos depoimentos prestados pela Zelinda e pela companheira de grupo, Suzana de Oliveira Pimenta, esta psic

A viagem de Priamo

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A duríssima jornada para trazer de volta o corpo de um filho Telefones jamais deveriam  tocar certas horas. Mas tocam. Filhos jamais deveriam partir antes que já estivéssemos a postos, à espera deles, no lugar demarcado por nossa fé ou esperança. Mesmo assim, eles partem. Essas duas verdades me colheram feito uma avalanche de tristeza enquanto eu caminhava, num fim de tarde de sábado e sol ralo, pelas ruas do centro de Belo Horizonte. Atendi o celular. Do outro lado da linha, a voz chorosa de Geni, minha mulher, abriu as comportas do pesadelo: “Zé, você precisa voltar pra São Paulo’. ela disse, tentando, desesperada e inutilmente, manter uma nesga de calma. Sua frase seguinte, no entanto, me atingiu com o impacto de um meteoro. “O Paulinho morreu, meu amor, e você vai ter de ir a Londres buscá-lo.’ Uma sombra gigantesca encapsulou o meu espírito. Desabei no choro, sentado ao meiofio. Senti-me ludibriado pelo destino. Por que ele consentira que um amor de 28 anos, vívi
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CLAUDIA   » Família e Filhos   » Como ter conversas difíceis com seus filhos O mal, a morte, o tempo. Nesta crônica, o escritor e pai José Ruy Gandra aponta uma saída para as conversas mais difíceis que precisamos ter com nossos filhos. José Ruy Gandra  em 22.08.2011 (Foto;) O escritor e pai José Ruy Gandra, autor de  Coração de Pai - Histórias sobre a Arte de Criar Filhos  (Livros de Safra), transmite seu ambicioso legado a Paulo e Pedro: sabedoria para viver bem e intensamente. A Pedro e Paulo Talvez por ter chegado aos 50 anos, esse outonozinho da alma de dias quentes e noites frias, muitas coisas dão sinais de ter clareado na minha cabeça irrequieta. Gostaria que meus filhos soubessem disso. Soubessem que, tão logo nasceram, se tornaram o sentido, a prioridade absoluta e a principal fonte de alegria de minha vida. Queria que perdoassem meus tropeços, incertezas e imprevidência. E que aceitassem meus desejos e votos a seguir como um presente singelo q