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Mostrando postagens de agosto, 2013

O Luto na vida atual: um adeus ao silêncio.

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Luto na vida atual: um adeus ao silêncio.           Quando eu tinha uns 12 anos meu vizinho faleceu, era um senhor que eu não simpatizava muito porque cortara a ameixeira que eu amara e dera frutos que pendiam até a minha janela. Contudo, quando ele ficou doente e faleceu percebi pelos choros dos parentes e uivos do cachorro – dele – que a família dele o amava muito.             Eu me lembro que minha mãe não nos deixou ligar rádio e nem a TV em altura abaixo do  razoável por dias, além disso,  pedia para rirmos, brincarmos e falarmos baixo. Ela dizia que precisávamos respeitar a dor dos parentes. Também sentia medo que o espírito dele viesse atrás de mim por já ter sentido raiva dele quando ele cortara a árvore e ainda mais se não respeitasse a dor dos parentes. Não sei o motivo do meu irmão obedecer à minha mãe, o meu era essa somatória: medo do defunto e respeito aos parentes.            Ontem, no enterro da minha avó, durante esta dor que todos tentávamos esquecer,

Conquiste sua alegria de viver

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Não há nada de errado em ser jovial, bem-humorado, risonho e festivo. Talvez  esse não seja o seu jeito de ser... Um pouco tímido, sério e recatado? Consideremos a “alegria” como sendo o estado emocional de contentamento, de bemestar, de prazer. Muitas pessoas entendem que só podem usufruir da alegria num estado eufórico de intensa sensação, de risos exagerados, de festas. Todos nós possuímos o dom da alegria no fundo de nossa alma, e só precisamos de um estímulo para que ela se manifeste. Esse estímulo pode vir de uma lembrança agradável, de uma ideia promissora, de um pensamento feliz, de uma coisa engraçada. A capacidade de lidar com o cotidiano pode muito bem constituir um estímulo para desabrochar a alegria. Devemos alimentar a confiança em nossa capacidade de superar a dor e a desilusão, pois isso afasta de nós a preocupação e a tristeza que bloqueiam a alegria. Em cada um de nós existe um admirável espírito suficientemente forte em que devemos confiar. Ning

Sogyal Rinpoche – O mestre que nos ensina a viver e a morrer

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Sogyal Rinpoche  por Revista Bodisatva 9/01/2013 Bodisatva: 
 Por que temos tanto medo da morte? Sogyal Rinpoche: 
 Porque por trás do medo da morte está o medo de encarar a si mesmo. O instante da morte é o momento da verdade. Ela é como um espelho, no qual o verdadeiro sentido da vida está refletido. Na tradição monástica cristã há uma expressão em latim,  memento mori , que significa lembre-se da morte, ou mais especificamente, lembre-se de que vai morrer. Se você se lembrar da morte, vai entender o que é a vida. A morte é a fundação e o verdadeiro coração do caminho espiritual. Se você se recordar de que vai morrer, vai se lembrar da preciosidade da vida – e essa verdade está presente em todas as grandes tradições: budismo, cristianismo, hinduísmo… Pensar na morte é o cerne do caminho espiritual. Milarepa, o grande santo e poeta que inspirou milhões de seres, disse: Aterrorizado pela morte, refugiei-me nas montanhas, meditei muitas e muitas vezes sobre a in

Feliz Dia dos Pais

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COISAS QUE A MORTE ENSINA por Meiry Kamia

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26.01.2012 Miako Kamia           Vivemos pequenos momentos de morte todos os dias: a conclusão de um trabalho, o término de um namoro, o final de um ano, etc. Mas quando ela aparece de forma concreta, como a morte de minha mãe, ela realmente nos sacode.      Na madrugada do dia 24 de dezembro de 2011, minha mãe, Miyako Kamia, mais conhecida como HELENA KAMIA, 66 anos, faleceu fazendo o que mais amava na vida: shows de mágicas. No camarim, entre um número e outro, teve um AVC. Foi tudo muito rápido. Entre o mal estar, socorro e morte, foram cerca de 4 horas.     Quando alguém tão amado, que ocupa um espaço tão especial em nossos corações morre, a sensação que temos é que um pedaço de nós foi embora junto.  E como preencher esse grande vazio que fica em nosso peito? É sobre isso que quero falar.      Nenhum de nós passará imune pela morte. Todos nós iremos morrer e todos nós, em algum momento de nossas vidas, iremos perder alguém muito especial, seja um pai, uma mãe, um fi

Vida à sombra da tragédia

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Depois da morte do marido e da filha, e do susto causado pelo próprio câncer, Lindsay Nicholson dá conselhos sobre como lidar com o infortúnio e a dor. Por Lindsay Nicholson para a revista Seleções 1. Não tenha medo de não fazer nada. Quando as más notícias chegam, a reação inicial será turvada pelo choque e pela negação. Esse não é um bom momento para tomar grandes decisões como mudar de casa, terminar um relacionamento ou largar o emprego. Se possível, tente deixar o primeiro ano passar, sem se comprometer com uma grande decisão.   2. Entenda o processo do luto. Depois do choque e da negação, vêm a raiva e a negociação, depois a depressão. São reações normais e não são causadas apenas pela perda de um ente querido. Todo tipo de perda, como divórcio, demissão ou diagnóstico de uma doença que leve à perda dos sonhos no futuro, provoca esses sentimentos.   3. Peça socorro. Não sei por que alguém pensaria que é capaz de superar os eventos a