Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2011
Imagem
Não sepultamos o espírito Alguns dias após a tragédia ocorrida em Nova Iorque, que abalou o mundo inteiro e, de forma especial, os norte-americanos, o número de mortos já somava milhares. As pessoas, inconformadas pela separação brusca dos entes queridos que foram arrebatados do corpo de forma violenta, eram tomadas pelo desespero. Após uma cerimônia simples, dezenas de bombeiros foram sepultados. Aqueles homens morreram no cumprimento do dever. Morreram tentando apagar as labaredas que devoravam os dois edifícios e também socorrendo os feridos mais graves. Agora eles também se despediam do palco terreno, encerrando definitivamente o expediente no corpo físico. O Capelão, encarregado da capela do corpo de bombeiros, proferia algumas palavras de consolo aos familiares dos falecidos. De forma serena, expressava profunda fé na vida eterna. Dizia ele aos seus ouvintes: - Logo mais estes corpos serão enterrados... - Nós vamos enterrar os corpos, mas não sepultaremos os e
Imagem
Zelinda de Bona e o GRupo ASDL: Falar das dores da alma alivia o sofrimento. Experiência de vida ajuda na hora de aceitar a morte Idosos têm mais facilidade para superar o inevitável e muitas vezes ajudam os mais jovens a enfrentar os momentos difíceis Publicado em 29/05/2008 NA GAZETA DEO POVO | ANNA PAULA FRANCO O neto de Zelinda De Bona, 71 anos, morreu há 13 anos, vítima de um acidente. A dor de ser privada da convivência de alguém tão querido só não foi maior do que o amor por si mesma e a necessidade de dar suporte à filha, mãe do menino. “Precisava ser mais forte do que parecia para ajudá-la”, explica. Ela conseguiu superar o luto sozinha, apoiada na fé e na própria experiência de vida. E é com essas ferramentas que Zenilda coordena, há cinco anos, os Amigos Solidários no Luto. O grupo de apoio se reúne uma vez por semana – sempre com audiência flutuante – para falar de um assunto tão natural quanto a própria vida, mas que hoje tem status de tabu: a morte. Parece mórbido
Imagem
Lágrimas Minhas lágrimas não têm destino Não as encaminho a ninguém Tenho-as aqui e solto-as... Que vaguem por aí... Encontrarão motivos para sua existência Há sempre alguém que as merece Minhas lágrimas não têm destino Podem ser por você Podem ser por mim Podem ser por todos aqueles Cujas lágrimas secaram no rosto Minhas lágrimas não têm destino Nem passado, nem futuro Minhas lágrimas pertencem A quem as compreenda, talvez... Ou a todos que não as alcançam Por olhos fechados, coração duro, Ou ignorância, ou não saber chorar... 18/11/07 Minhas lágrimas têm hoje o destino Que meu coração de mãe determinou... 18/06/08 Ana Maria Traub

Onde estão seus móveis?

Imagem
Conta-se que no século passado, um turista americano foi à cidade do Cairo, no Egito, com o objetivo de visitar um famoso sábio. 
O turista ficou surpreso ao ver que o sábio morava num quartinho muito simples e cheio de livros. 
As únicas peças de mobília eram uma cama, uma mesa e um banco.
 -Onde estão seus móveis? - perguntou o turista. E o sábio, bem depressa, perguntou também: 
-E onde estão os seus...?
 -Os meus? Surpreendeu-se o turista
 - Estão em casa, pois estou aqui só a passeio!
 -Eu também... Concluiu o sábio.
 "A vida na Terra é somente uma Passagem... no entanto, alguns vivem como se fossem ficar aqui eternamente, e se esquecem de ser felizes.” 



Psiquiatras fazem alerta para riscos do luto prolongado

Imagem
Publicado em 10/04/2006 na Gazeta do Povo Sofrer com a perda de alguém querido é natural, sobretudo se a morte ocorre de maneira inesperada. No entanto, se a melancolia, o desânimo e a incapacidade de retomar as atividades normais persistirem durante muito tempo, pode ser sinal do que os especialistas chamam de luto patológico. Quem já não se impressionou com a eterna devoção do cantor Roberto Carlos à sua esposa falecida, Maria Rita. Em sinal de luto, o ídolo deixou de se apresentar em público por mais de um ano e dedicou inúmeras músicas à memória da amada. De acordo com o psiquiatra Cristiano Alvarez, do Ambulatório de Transtornos do Humor e Ansiedade do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o luto é um processo necessário e natural, em que a pessoa vive o sentimento de perda. É um sentimento cuja intensidade é mais forte no momento da morte e tende a ir diminuindo com o passar do tempo, até que se torne só uma lembrança dolorosa. Quando esse período se

'Eu não tenho como ir contra a minha dor', diz Cissa Guimarães

Imagem
A atriz Cissa Guimarães ontem à noite concedeu entrevista ao fantástico falando mais uma vez sobre a sua dor e seu crescimento... Para ver e ouvir a entrevista clique aqui   Todos nós agradecemos a Cissa Guimarães por toda a força! Valeu Cissaaaa!!!!

Morte de filho exige novo significado para a vida

Imagem
Marcelo Elias/Gazeta do Povo Marília Iasi Keller, autora do livro Divisor de Águas – a Perda de um Filho, da editora Edições Inteligentes Ponta Grossa - A mulher que perde o esposo é chamada de viúva e o filho que perde os pais vira órfão, mas não há no dicionário um termo que designe o pai ou a mãe que perdeu um filho. A crença de que a lei da natureza determina que os mais velhos morram antes dos mais jovens dificulta ainda mais a compreensão do que é enterrar o corpo do próprio fi­­lho. No livro Divisor de Águas – a Perda de um Filho, a escritora Marília Iasi Keller retrata sua experiência ao perder o filho Rafael, de 23 anos, morto num acidente de carro em 2003. O livro é voltado a todos os públicos porque discute a preparação para a morte. “A gente sempre acha que vai acontecer com o outro, não encaramos a morte”, afirma a paulistana, que hoje mora na Lapa, onde coordena um spa. Além das enfermidades, a violência mata milhares de jovens todos os anos. Em 2009, os pais de Osíris

Pontes

Imagem
  Um cinema para distrair a cabeça no final de semana,  penso cai bem. Estou caminhando para a bilheteria e meu olhar, meu coração, minha   alma focam em um rapaz. Tudo ao redor sumiu e nesse momento só penso em me aproximar do tal rapaz. Sua pele clara, seus cabelos fortes, pretos, lisos me puxam como um imã.   Chego mais perto sabendo que não é ele, mas insisto em ver de perto. Pronto, volto a respirar e percebo não, não é meu filho. E me ponho a pensar no meu reencontro com o meu filho. Como será ? Quando será ? Assim acontece, em um dos vários momentos, que penso no meu Rafael. Faz oito anos que ele subiu aos céus aos 23 anos de idade e tenho   inumeras vezes lembranças e procura de semelhanças. Para o amor, não importam os anos, nem o que aconteceu. Para o amor, o que fica é o amor imortal e a saudade. Ah....a saudade. Ela caminha comigo, mesmo que de carona, mesmo que escondida e em dado   momento se agiganta bem na minha frente. Faço o melhor com a vida que tenho a viver, ma

Quando vier a Primavera

Imagem
Quando vier a Primavera, Se eu já estiver morto, As flores florirão da mesma maneira E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada. A realidade não precisa de mim. Sinto uma alegria enorme Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma Se soubesse que amanhã morria E a Primavera era depois de amanhã, Morreria contente, porque ela era depois de amanhã. Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo? Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo; E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse. Por isso, se morrer agora, morro contente, Porque tudo é real e tudo está certo. Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem. Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele. Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências. O que for, quando for, é que será o que é. Alberto Caeiro, um dos heterônimos de  Fernando Pessoa (1888-1935) Mais sobre Fernando Pessoa em http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Pessoa

Carta da Avó Zelinda a seu neto Saulo

Imagem
Querido neto Saulo, Hoje dia 10 de Setembro você    está completando 31 anos. Passa um filme na minha mente, uma mistura de emoções... saudades do amor que fica. Gostaria de expressar    melhor os sentimentos de uma Avó mas não consigo, não sei, fico pensando nas palavras que não chegam até a minha mente. Agradeço muito a Deus pelos 14 anos que esteve conosco e por ele ter escolhido a nossa família para te enviar, Anjo de Luz que foi muito amado por seus pais Karin e Narciso e sua irmã Tháis    e todos os familiares e amigos. Saulo tenho tanta coisa para te contar, tanta coisa para te dizer, sinto você do meu lado me dizendo: - Vó estou    com vcs    no meu coração, já sei tudo o que vai me dizer. Meu querido, todos    temos dentro de nós uma caixinha bem escondidinha que só nós temos essa chave, relutamos muito em abrir porque o desconhecido muitas vezes nos assusta e nos dá um certo temor. Consegui    abrir a minha caixinha... e vi o meu potencial,    podia trabalhar com pessoas q
Imagem
“Somos ordenados: a amar uns aos outros, a orar uns pelos outros, a incentivar uns aos outros, a admoestar uns aos outros, a saudar uns aos outros, a servir uns aos outros, a honrar uns aos outros, a carregar os fardos uns dos outros, a perdoar uns aos outros, a ser dedicados uns aos outros (...), é isso que Deus espera que você cumpra. Com quem você tem agido dessa forma?” (Rick Warren) .

ADSL NO METROCURITIBA

Imagem
“O grupo é como as sequoias, que resistem a terremotos e vendavais porque se entrelaçam.” ZELINDA DE BONA, ORGANIZADORA Ajudar quem passa por um momento de dor profunda porque perdeu uma pessoa querida. Esta é a proposta do grupo Amigos Solidários na Dor do Luto, que se reú- ne semanalmente para con- versar e dar apoio àqueles que vivem este momento. O grupo foi criado há quase 14 anos e se reúne to- da segunda-feira na Univer- sidade Federal do Paraná (UFPR). Durante cerca de três horas, os participantes conversam, contam suas histórias e trocam expe- riências. “As pessoas preci sam falar da sua dor para sentirem-se aliviadas da- quela tristeza e amargura. Não importa quantas ve- zes”, afirma Zelinda De Bo- na, uma das organizadoras do grupo, que conta com o apoio de professores e alu- nos da universidade. O grupo é composto, na sua maioria, por mães que perderam os filhos. Mas há filhos que perderam os pais, viúvas e avós que, além de terem apoio, criam um novo círculo de amiza- de