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Mostrando postagens de 2016

Lidando com o luto

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Por  Resiliência Humana “A morte como perda nos fala, em primeiro lugar, de um vínculo que se rompe de forma irreversível, sobretudo quando ocorre perda real e concreta. Nesta representação de morte estão envolvidas duas pessoas: uma que é ‘perdida’ e a outra que lamenta esta falta, um pedaço de si que se foi. O outro é em parte internalizado nas memórias e lembranças. A morte como perda evoca sentimentos fortes, pode ser então chamada de ‘morte sentimento’ e é vivida por todos nós. É impossível um ser humano que nunca tenha vivido uma perda. Ela é vivida conscientemente, por isso é, muitas vezes, mais temida do que a própria morte. Como esta última não pode ser vivida concretamente, a única morte é a perda, quer concreta, quer simbólica” (KOVACS, 1992). O medo da morte É interessante avaliar o medo da morte como algo cultural, construído na forma como fomos criados, pois tocamos naquilo que é desconhecido, que um dia viveremos, mas não sabemos quando nem como. Falo de t

10 EXERCÍCIOS PARA MELHORAR A SUA FORÇA DE VONTADE E AUTO-DISCIPLINA

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leia materia na íntegra: aqui Ter força de vontade significa sermos capazes de fazer o que devemos de forma intencional, vencendo as dificuldades e/ou os estados de ânimo. A força de vontade estabelece uma relação muito forte com a  motivação . Motivação, é ter um motivo para a acção, esta acção terá tanto mais ímpeto quanto mais disciplina você tiver.  Juntando os conceitos: a força de vontade utiliza a motivação que temos para a acção, a acção é tanto mais orientada quanto mais disciplina for colocada na persecução do objectivo a alcançar. Não é preciso grande força de vontade para fazer coisas prazerosas como divertir-se ou ficar deitado sem fazer nada. Pois à nascença todo o ser humano traz já no seu repertório uma tendência natural para a adaptação hedónica (adaptação natural a acontecimentos considerados positivos e prazerosos). Por isso a força de vontade pode ser considerada uma virtude preponderante na nossa vida, esta virtude destaca-se porque permite-nos realizar aqui

“O panegírico do físico”- um outro olhar sobre a morte

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Muitos perderam pessoas. Há dor, saudade e um momento terrível demais para ser encarado. Palavras parecem falhar. A fé parece desafiar, mas muitos conseguem consolo nela. Mas nem todos são crentes. O que fazer quando a pessoa não crê? Convertê-la não é uma opção.  Nesse caso, que tal optar pela ciência? Sim, a ciência. Há na internet um texto que considero extremamente significativo, chamado “A Physicist Eulogy”, que pode ser traduzido como “O panegírico do físico”. Panegírico é a prédica de um funeral ou velório, em que se fala das qualidades da pessoa que partiu, lembram suas histórias, dão testemunhos sobre sua vida. O texto foi escrito por um jornalista (ateu) chamado Aaron Freeman. Encontrei essa tradução, mas posto uma foto com o texto original abaixo. “Peça a um físico que fale no seu funeral. O físico explicará à sua família a lei da conservação de energia, para assim a sua família perceber que a sua energia não morreu. O físico irá lembrar à sua chorosa mãe que, segu

AS REPERCUSSÕES DO LUTO NO IDOSO

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AS REPERCUSSÕES DO LUTO NO IDOSO O luto pode representar um processo de grande impacto no idoso, pois este traz consigo perdas pessoais e sociais decorrentes de a velhice ser estigmatizada como fase da invalidez ou da condescendência. Por isso, devemos considerar que trabalhar emocionalmente as perdas decorrentes de alterações físicas e isolamento social é complicado, e pior se associadas à morte do cônjuge e, principalmente, de um filho. Os ritos de morte e de luto, importantes para o psiquismo, vêm sendo desconsiderados ou realizados rapidamente; porém, “para que a morte de um ente querido não assuma formas obsessivas no inconsciente é necessário ritualizar essa passagem” (Brasil Escola, s/d). A desconsideração formal ocorre tanto por parte da sociedade como da própria família, o que requer uma mudança de atitude do meio acadêmico, para que se traga à discussão o tema e então se possa efetivamente cuidar do enlutado, principalmente o idoso, desconsiderado em suas múltiplas nece

FRASE

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É triste dizer adeus, mas às vezes é necessário. Não podemos prender a nós definitivamente as pessoas que amamos para suprir nossa necessidade de afeto. O amor que ama, aprende a libertar. Procuramos ganhar tempo para tudo na vida. Mas a vida, quando chega no próprio limite, despede-se e é esse último adeus que é difícil de compreender e, mais ainda, aceitar. Possuímos um conceito errado do amor. Amar seria, no seu total significado, colocar a felicidade do outro acima de tudo, mas na realidade é a nossa felicidade que levamos em consideração. Queremos os que amamos perto de nós porque isso nos completa, nos deixa bem e seguros. E aceitar que nos deixem é a mais difícil de todas as coisas.  Não dizemos sempre que queremos partir antes de todos os que amamos? Isso é para evitar nosso próprio sofrimento, nossa própria desolação. É o amor na sua forma egoísta.  Aceitar um adeus definitivo é uma luta. Se as perdas acontecem cedo demais ou de forma inesperada, o sentimento de de

Luto, o insustentável silêncio da dor

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Fonte: grupo casulo Enquanto falar sobre a morte permanece tabu, pessoas travam uma batalha “solitária” e invisível para entender o luto ________________________________________ por Zaqueu Fogaça 07.07.2016 Passa um pouco das 16h quando as primeiras pessoas começam a chegar à Paróquia do Colégio Assunção, no número 355 da Alameda Lorena, endereço nobre de São Paulo. Algumas delas, no entanto, não vieram para ouvir a liturgia da palavra. Estão ali para falar. Elas cruzam o estacionamento e se dirigem até um pequeno portão de ferro ao lado da porta de entrada, onde, numa sala reservada ao fundo, irá ocorrer o encontro. Quem está na sala para recebê-los é Ana Cristina, que chega meia hora antes para deixar tudo pronto: ela monta uma grande mesa improvisada, prepara outra para o café que será servido no intervalo, e em cada assento deixa uma caneta e uma folha em branco. Em pouco tempo já estão todas acomodadas. São jovens, adultos, homens, mulheres, casais, idosos. Uma a uma,

A árvore do desejo

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Por  Autor desconhecido Uma vez um homem indiano estava viajando e, acidentalmente, entrou no paraíso. E, no conceito indiano de paraíso, existem as "árvores-dos-desejos". Você simplesmente senta debaixo dela, deseja qualquer coisa e imediatamente seu desejo é realizado - não há intervalo entre o desejo e sua realização. O homem estava cansado, e pegou no sono sob a árvore-dos-desejos. Quando despertou estava com muita fome, então disse: "Estou com tanta fome, desejaria poder conseguir alguma comida de algum lugar". Imediatamente apareceu comida vinda do nada. Ele estava tão faminto que não prestou atenção de onde a comida viera - quando se está com fome, não se é filósofo. Começou a comer imediatamente. A comida era tão deliciosa. Depois, tendo saciado a fome, olhou à sua volta e começou a pensar: "O que está acontecendo? O que está havendo? Estou sonhando ou existem espíritos ao redor que estão fazendo truques comigo?" E espíritos apareceram. E era

Você já viveu hoje?

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"Você não vai receber outra vida como esta. Você nunca mais vai desempenhar este papel e experimentar esta vida como foi dada a você. Você nunca mais vivenciará o mundo como no conjunto de circunstâncias desta vida, exatamente dessa maneira, com esses pais, esses filhos e familiares. Você nunca terá novamente este grupo de amigos. Você não experimentará a Terra com todas as maravilhas novamente neste período da História. Não espere o momento em que desejará dar uma olhada no oceano, no céu, nas estrelas ou nas pessoas queridas. Vá olhar agora." [KÜBLER-ROSS, Elisabeth. Os Segredos da Vida. Sextante: 2004.]

JÁ NÃO ERA MAIS TERÇA-FEIRA, MAS TAMBÉM NÃO ERA QUARTA

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Revista Piauí  Fonte:  EDIÇÃO 119 |  AGOSTO DE 2016 Por Tiago Ferro ON YOU _DAEHYUN KIM_MOONASSI_2009 Para Isa, Manu e Mika A telefonista da Amil me informa que para excluir um dependente do plano familiar é preciso apresentar a Solicitação de Exclusão preenchida e assinada, que pode ser baixada na área restrita do site, um documento com foto do titular do plano, informações para contato e cópia do atestado de óbito original. Para eles é apenas isso: apagar um campo do sistema de dados. Para nós, já era uma pista do caminho duro que nos aguardava. A vida havia mudado. Após diversas incursões pelo labirinto invisível da burocracia, descubro que o atestado já está disponível no cartório próximo de casa, no bairro de Pinheiros. Vou com a Mika, minha mulher. Retiramos uma senha e esperamos a nossa vez. A cadeira de plástico afixada a uma barra no chão que segura outros cinco assentos chacoalha porque o homem gordo sentado ao meu lado não consegue parar de mexer a perna. Não