Uma lição pra vida a partir da morte
Fabiana Santos Eu sei. Não é o melhor assunto pra abrir o ano: a morte. Mas ela me pegou no susto, no finalzinho de 2015. Meu pai. Não foi o pai de outra pessoa. Foi o meu. A dor é dilacerante, visceral, avassaladora, eu me sinto do avesso, em carne viva. Uma ferida profunda? Não, minha amiga. É muito maior que isso. Quem chama só de "ferida" não entende o que esta perda representa. Aliás, nada mais clichê mas absolutamente verdadeiro do que dizer que só quem passou por isso é capaz de entender. Meu pai? Cheio de vida, planos, sonhos. Com passagem já marcada para vir me visitar, com detalhes acertados para as próximas férias. Aquele que vibrava com tudo o que eu fazia. Mas tem tanta gente para ir antes dele! Nem doente ele estava pra ter aquele papo de "foi melhor assim pois ele estava sofrendo numa cama de hospital". Mas eu não estou aqui pra me vangloriar por saber exatamente o tamanho dessa dor. Porque vamos combinar, eu e você que já en...