DEPOIMENTOS:


"Perder um filho ou filha"
É como acordar e ver que tudo não passou de um sonho;
É como voltar de marcha-ré todo o caminho já percorrido;
É voltar a ser uma pessoa “comum” depois de um tempo se sentindo “especial”;
É ter que esperar passar o tempo para se sentir melhor;
É sentir que tudo ficou sem graça;
É saber que isso acontece, com muitas pessoas, mas não sentir alivio por não estar sozinha!, e é péssimo!
É sentir solidão porque já havia se acostumado em vê-la todos os dias.
É procurar a causa da perda mesmo sabendo que não dá para encontrar;
É ter acreditado que comigo não aconteceria esse imprevisto e perceber que essa sensação de proteção é falsa;
É sofrer sozinha, apesar do apoio das pessoas;
É ter que encarar de frente a sensação de incompetência;
É exercitar a paciência para esperar o que o destino está guardando;
É sorrir, mas o coração esta em pedaços, e ter que caminhar com uma saudade infinita no peito..."
"Uma mãe que entrega seu filho a Deus, não é uma simples mãe, é uma mãe coragem. Olhar o sol nascer todos os dias e ver o mundo caminhar mesmo com seu coração estraçalhado, também é dom. Dom de resignação, dom de poder compreender que há mais mistérios entre o céu e a terra que nós pobres mortais podemos compreender. Dom de fé e coragem.
Com você mãe de um filho que partiu, segue uma companheira constante, a SAUDADE. Com você grande mulher, segue uma certeza: MORRER NÂO É O FIM.
Mãe que dorme e acorda todos os dias com coragem suficiente para fortalecer sua família, socorrer os aflitos, necessitados, abandonados; angustiados.
Mulher que carrega em si a força da vida. Mãe tão especial que consegue carregar uma cruz tão grande. Mulher mãe, tu sabes que a força que tens vem do amor que tudo suporta."

Saudades eternas, minha filha Caroline, mamãe te amará eternamente.

 
Peço a todos que lembrem em suas preces de tantas e tantas mãezinhas que assim são obrigadas a sobreviver.
 
Abraços,
 
Patricia


A DOR DE UMA SAUDADE

A vida nos prepara no seu decorrer, vários episódios, muitas vezes preparados por nós mesmos, que desejamos sempre progredir, sempre proporcionar para os que estão em nossa volta, uma evolução que representa progresso, bem viver. Nem sempre conseguimos, por este ou aquele motivo.  Nossos pais deixam que a vida mesmo, no seu trasnscorrer nos coloque ao lado de uma futura situação, que embora lamentável, o tempo já nos preparou s facínoras da empresa  Centronic, resolveram que deveriam matar alguém aquela noite. Mas uma morte que mostrasse o espírito sanguinário que os orientava. E achavam que jamais seriam descobertos. O caso caiu nas mão de um delegado  super honesto e capaz, que com apenas dois auxiliares, saiu em busca dos matadores e os encrontrou. Vibramos com ele, mas os dias foram passando e a nossa dor aumentando cada vez mais. Procuramos vários recursos para obter um consolo, uma razão, "mas por que o Bruno? amado, inesquecível, adorado. Quantas e quantas vezes já me surpreeendi falando sózinho na rua. Sei que ele está ali comigo. Minha vida acabou, profissionalmente fui prejuicado da forma mais injusta que se pode registrar. Mas o problema é o Bruno. Inesquecível de todos nós aqui em casa, inclusive de seu pastor alemão, que alguns dias depois também faleceu. De tanto procurar, encontramos "Os Amigos da Dor do Luto". Sentimos ali que outros tampém tinham dramas como o nosso, e que havia ali a presença de um anjo celestial, Zelinda De Bona. Nossa orientadora, a fazer programas e a nos levar até Uberaba, para visitarmos a casa de Chico Xavier.
Fomos nos conformando. conformando não, mas criando coragem para enfrentar o que nos resta de vida até chegar o dia de nosso encontro junto ao Pai Eterno, que sabemos que estará lá com ele a nossa espera. Um caminho aberto pela maravilhosa Zelinda. Ela é a luz que ilumina o nosso caminho e nos  deixa certo que a vida é amar e fazer o bem ao próximo. Assim sempre pregou Jesus e ela desenvolve sua lição com extraordinária  determinação e generosidade.

Vinicius Coelho

Março, 10 de 2011




"Amigos Solidários na Dor do Luto" nasceu devido ao falecimento do nosso filho Carlos Roberto, com 18 anos, ocorrido no dia 06 de novembro de 1993. No período de duas semanas em que Carlos esteve internado no Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, passamos pelo choque da descoberta do tumor no seu cérebro para a esperança da cura, renovada em duas cirurgias, e logo esvaecida com o veredicto do médico de que teria de enfrentar um tratamento quimioterápico com a possibilidade de sequelas.
Cheguei ao ponto de suplicar a Deus que o levasse a fim de não mais sofrer. Minha súplica foi atendida e Carlos faleceu na UTI enquanto era submetido à troca de curativos, conversando e sorrindo. Eu não o perdi, mas o devolvi ao Pai.
Todos aqueles que viveram experiências semelhantes sabem que é muito difícil lidar com ausência de um filho. Desde o dia de sua morte, nunca mais fomos os mesmos em nossa família. Cada um de nós, à sua maneira, lida com a dor. Quando alguém me pergunta: "Quantos filhos a senhora tem?" Sempre respondo: "Três. Somos uma família de cinco. O primogêntio foi chamado pelo Pai, mas continua vivendo em nossos corações." A vida não é tirada, mas transformada.
Uma idéia que muito tem me ajudado foi que nós o perdemos de vista por algum tempo. E a cada dia que passa, o reencontro está mais próximo.
Inspirada na experiência de pessoas que formaram grupos na GRã-Bretanha e nos Estados Unidos para lidar com a dor do luto, decidi formar um grupo em Curitiba, na esperança de ser um instrumento da compaixão do Pai para com as pessoas enlutadas. Após ter refletidoe estudado o tema durante 4 anos, fundei o "Amigos Solidários na Dor do Luto" no dia 06 de Outubro de 1998. Dediquei o grupo a Nossa Senhora das Dores. Foi a maneira que encontrei para celebrar a vida de Carlos entre nós. 
                                           Rosana Figurelli


Cara Zelinda, bom dia!
Seu nome não podia ser diferente!
Acabei de ouvir duas vezes seguidas a sua entrevista no Grupo Sou Luz,estudo via internete há um pequeno tempo,mas me foi recomendado em especial a sua entrevista sobre  a dor do luto, simplesmente MARAVILHOSA...Sou assitente social e perdi meu pai em um acidente grave há mais de 30 anos,na época lembro bem que senti uma dor estranha,faltava um pedaço de mim,fiquei do jeitinho que vc descreveu por muito tempo,hj estou com 47 anos e sei que sei ouvir e orientar as pessoas,faço parte de um Comitê de Ética para Pesquisa da Sta Casa da Misericórdia no RJ, faço análise de trabalhos dos mais diversos temas e um dos temas que mais me imprecionaram foi o TPT(transtorno pós traumático),que é qdo pessoas perdem seus entes queridos por acidente,assassinato, em grandes catástrofes etc.As mães tem sintomas diversos,quase tudo o que você fala na sua entrevista, foi o trabalho que mais gostei de estudar.
Mas o que me faz escrever esse email é a perda do filho de um casal de amigos que tinha 37 anos,foi assassinado brutalmente num assalto no dia 10 de janeiro deste ano,ia casar-se amanhã,estava mt mt feliz e teve que partir desta forma.Fiquei muito chocada e tmb mt mais  próxima ao casal,às irmães, a mãe me faz perguntas até hj que não tem respostas,pois tmb sou mãe de 3 filhos e ninguém está livre de passar por isso sinto a dor como se fosse comigo,ajudo aos pais no que posso,ouço a mãe todos os dias...amanhã vou ver se consigo fazê-la ouvir sua entrevista.
Mas na verdade eu gostaria muito de formar um grupo aqui no Rio de Janeiro,já existe algum?
É tudo de bom ajudar ao próximo e eu sei que outras pessoas poderiam me ajudar,preciso fazer ainda mais pelo meu próximo e esse trabalho me faria muito bem.Você pode me dar detalhes? Do que preciso,onde é mais adequado que o grupo funcione?Me explica porque estou pensando seriamente em forma um,em vários trechos de sua entrevista ri sozinha e agradeci a DEUS porque eu involuntariamente ou instintivamente já faço muitas coisas que você recomenda,o principal:OUVIR SEMPRE e AMAR INCONDICIONALMENTE as pessoas que precisam de conforto.
Aguardo seu contato e sou grata a DEUS por tudo que você faz nos grupos.parabéns seu trabalho é simplesmente maravilhoso!
Bj carinhoso e cheio de amor e admiração.
Márcia torres

Comentários

  1. tambem passei pela door da perda, hoje esta fazendo 26 dias que meu unico irmao partiu,a dor e enorme, sinto um imenso vazio,há 17 anos atras perdi minha maenzinha,há 10 anos perdi meu pai e agora meu irmao,eramos só nois 2 os dias tem sido muito dificil para mim para onde olho sinto a prescensa dele, sinto ainda seu cheiro,ainda ouço a sua voz me chamar, todos os dias como de costume tomavamos o nosso café da manha sempre juntos,e hoje espero ele chegar e ele nao chega ,ai que dor,e muito reconfortante, encontrar um espaço como este,para podermos dividir as nossas dores,pois quando passamos ,pela dor da perda,sempre achamos que a nossa dor e unica,sempre achamos que estamos sozinhos.

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  2. NATHY GOMES
    tambeeeim passei pela dor da perdaa do meeu namoradoo , JONATHAN MARTINS eu amoo muito ele neem consigoo viveer quanta saudade de ti meu amor eternoo apenaas 21 anos e se foi tão novo queria que isso fosse so um sonho eu te amoo eternamente !

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  3. Estou neste exato momento passando por esta dor , meu afilhado de treze anos se foi, quase um filho, sua mae minha amiga so tinha ele como filho , esta sendo muito dificil , mas preciso ser forte para ajuda-la a continuar a viver ,mesmo que o colorido da vida se torne cinza , eu estarie sempre ao lado dela

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  4. Um amigo meu morreu hoje 06/11/12 não queria q isto tivesse acontecido queria acorda e ver que isso era somente um sonho mas infelismente é a realidade.

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  5. Eu perdi minha irmã faz 3 meses, não consigo me conformar, sonho com ela todas as noites... não sei se estou fazendo algum mal a ela, pois choro por ela todos os dias, estou muito triste e revoltada, foi tão rápido e nada me faz conformar...

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  6. Perdir meu primeiro filho ainda na barriga mais nao consigo esquecer apesar de ter morrido ainda na setima semana de gravidez, é uma dor q nao tem fim, nao há palavras q me conforme, choro muito e sonho com meu filho toda noite maioria dos sonhos amamentando ele, é horrivel acordar e ver q nao passou de um sonho, meu marido tenta me conformar mostrando q é duro e nao esta sofrendo, mais pego ele a noite chorando tambem. As vezes penso em nem ter mais pois estou traumatizada com essa perda, penso q toda vez sera como essa.

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