Doação de Órgãos: Um ato de amor

Em setembro do ano passado perdi a minha mãe, ainda estou me acostumando a idéia de não mais vê-la por aqui... Na ocasião de sua morte, meu irmão tomou uma decisão muito sábia, da qual eu estava completamente alheia: ele autorizou a doação das córneas de minha mãe.
Seis meses depois, recebi uma carta da Central de Transplantes do Paraná com os seguintes dizeres:
"A perda traduz-se em dor, lágrimas, desespero e muitas saudades. E em meio a todos estes sentimentos fica a nobreza do grandioso gesto de amor e solidariedade para com o próximo, ao autorizar a doação de seu ente querido."
Nunca havia pensado no assunto com muita profundidade, mas fiquei realmente feliz em saber que, mesmo no fim de sua existência, uma parte de minha mãe pôde ajudar alguém e que meu irmão em sua infinita sabedoria pôde tornar uma família feliz, mesmo num momento tão doloroso para nós.
Esse ato foi um verdadeiro consolo.
Um abraço a todos,
Verônica


Doação de órgãos: um ato de amor

Somos tão ricos e nem percebemos o quanto. Nossa riqueza está tão perfeitamente distribuída, que, às vezes, não nos damos conta de que Deus nos proporcionou a maior de todas as graças: a oportunidade de viver. As faculdades de ver, respirar, trocar ideias e intenções com nossos pares nos completam como seres humanos, dando possibilidades de desenvolvimento. Entretanto, assim como Ele nos deu tal oportunidade, um dia teremos que deixá-la.

Quando partirmos, deixaremos uma riqueza incalculável: além das nossas ações e contribuições para o próximo, para a comunidade e para a humanidade, deixamos também nosso corpo material. Este, sim, de valor inestimável. Nosso coração, córneas, pulmões, rins, fígado, pâncreas, entre outros órgãos, não têm preço. Eles deixam de nos pertencer. Porém, o Criador também nos deu a oportunidade de avalizar todo este tesouro e proporcionar àquelas pessoas que estão na fila dos transplantes a possibilidade de uma vida melhor. Depende de nós direcionarmos o que nos ajudou a bombear nosso sangue, a enxergar, a respirar, de contribuir para o bem-estar dos outros, por meio de um ato de amor e de caridade: a doação de órgãos.

Em um bate-papo com meu irmão pela internet, perguntei-lhe se era a favor ou contra a doação de órgão. Sua resposta foi a seguinte: “Pode pegar tudo, velho. Está aí para ajudar alguém. Não vou mais usar mesmo”.

A maior riqueza da doação de órgãos está na oportunidade de fazer feliz aquele que sofre, além da sua família, pois todos sofrem com a angústia e a impossibilidade direta de ajudar. Quantos corações “mal batidos”? Quantos olhos sem enxergar? Quantas horas de diálise podem ser suplantadas com a doação? Qual a alegria de saber que o outro terá, a partir da sua doação, uma vida saudável?

Depende de nós. É por meio do simples desejo e da enorme vontade de amar o próximo, que podemos fazê-lo, avisando nossos familiares que, após a nossa “partida física”, continuaremos ajudando aqueles que necessitam. A felicidade do receptor é incalculável só em saber que há possibilidade de receber um órgão salvador. Mais do que uma vida, é o seu próprio milagre.

Infelizmente, alguns ainda acreditam que, ao prestar contas após esta vida, devemos nos apresentar completos. Tal pensamento deve ser mais bem ordenado. A ação da natureza se encarrega da decomposição do corpo.

Quanto à minha posição, creio que ficou bem clara. É a mesma do meu brother: “Pode pegar tudo. Está aí para ajudar alguém. Não vou mais usar”. Afinal, sempre dei o meu melhor em tudo. O que não consegui, tentarei mais adiante consertar.
ALFREDO LEONARDO PENZ, PROFESSOR E MESTRE EM EDUCAÇÃO E CULTURA
fonte: Notícia





“Há muitos anos, antes de ter esse problema, eu renovei minha carteira de identidade e coloquei lá que sou doadora de órgãos, e agora vou defender essa causa ainda mais. Só quem faz hemodiálise sabe o sofrimento que é o tratamento. Eu saía de lá com a sensação de estar oca por dentro, é horrível. Agradeço muito àquela equipe que fez minha cirurgia porque hoje posso comemorar com minha família a minha nova vida”, anima-se Sirlene.
“Quando eu soube que tinha um doador eu chorava e ria ao mesmo tempo. Estava feliz, mas triste por saber que uma vida se fora. É um ato de amor da família que permite a doação do órgão de um parente. Eu falo sempre sobre a doação porque muda a vida da gente, você ganha uma chance nova de viver, por isso espero poder fazer mais pelo próximo e ser uma pessoa cada vez melhor”, diz, emocionada.



Para saber mais sobre o assunto: http://www.doevida.org.br/
fonte: depoimentos

Comentários

  1. Olá amigas Zelinda e Verônica,
    Que post lindo e abençoado! Esse artigo é realmente muito oportuno e enriquecedor. Parabéns!
    Doar órgãos é um ato sublime de amor ao próximo, é um gesto solidário que pode salvar muitas vidas e que proporciona àquele que sofre, a esperança de uma nova vida.
    Um final de semana iluminado para vocês!
    Beijo com muito carinho.

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    Respostas
    1. Oi amiga..
      Obrigada pelas palavras e pela força que sempre está me enviando.
      Eu tb gostei muito desta postagem sei que vai alertar e ajuadr outras pessoas que nescessitam de uma doação e de uma vida melhor.
      Bjs amiga um fim de semana de muita LUZ....

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