O Luto na vida atual: um adeus ao silêncio.

Luto na vida atual: um adeus ao silêncio. Quando eu tinha uns 12 anos meu vizinho faleceu, era um senhor que eu não simpatizava muito porque cortara a ameixeira que eu amara e dera frutos que pendiam até a minha janela. Contudo, quando ele ficou doente e faleceu percebi pelos choros dos parentes e uivos do cachorro – dele – que a família dele o amava muito. Eu me lembro que minha mãe não nos deixou ligar rádio e nem a TV em altura abaixo do razoável por dias, além disso, pedia para rirmos, brincarmos e falarmos baixo. Ela dizia que precisávamos respeitar a dor dos parentes. Também sentia medo que o espírito dele viesse atrás de mim por já ter sentido raiva dele quando ele cortara a árvore e ainda mais se não respeitasse a dor dos parentes. Não sei o motivo do meu irmão obedecer à minha mãe, o meu era essa somatória: medo do defunto e respei...