Homenagem de Terezinha Araújo de Almeida ao seu Filho Jonatha Paulo de Almeida que nesta data completa 01 ano de sua partida para junto de Deus. Um anjo de paz e de luz.
UM ANO SEM
VOCÊ MEU QUERIDO FILHO JONATHA
Em 24 de
agosto de 1987 nascia aquele que seria a maior alegria da minha vida. A
pessoinha mais preciosa, mais valiosa que teria na vida. A razão de tantas
alegrias, tantas festas, aniversários felizes e festas de finais de ano com
tantas emoções.
Mas o que eu
jamais poderia esperar é que essa joia tão preciosa teria sua vida tão curta
devido à uma síndrome terrível e sem cura chamada de: “Distrofia Muscular
Progressiva” conhecida como “Duchenne”.
Jonatha
nasceu de parto normal, no dia exato em que o médico disse que nasceria.
Pesando 3.900 Kg. Foi amamentado no peito até os 07 meses. Saiu das fraldas no
seu primeiro ano de vida. Jonatha não engatinhava, mas brincava sentado no chão
e sempre cantarolando e sorrindo, aliás, seu sorriso sempre foi sua marca
registrada.
Garoto
lindo, gordinho. Quando nenê tinha até as curvinhas nas perninhas, lindão
demais e bem coradinho. Participou do concurso da capa da “Revista Pais &
Filhos” ficando em 4º lugar da criança mais bonita, mas para mim sempre foi o
mais lindo. Era careca, tinha uma mechinha de cabelo em cima da cabeça, o qual
eu fazia um cachinho quando lhe dava banho.
O tempo foi
passando e Jonatha não andava. Já com 01 aninho não ficava em pé sozinho. De
repente com muita dificuldade levantou e andou, mas já estava com 03 aninhos.
Suas quedas eram constantes, então o levei ao pediatra. Foi então que começou
nossa batalha. No Hospital de Clínicas através de uma biópsia foi diagnosticado
que ele era portador da “Síndrome de Duchenne”.
Aos 04 anos
começou a fazer fisioterapia e hidroterapia e Jonatha seguiu caminhando até os
13 anos.
Quando da
descoberta da doença o médico nos chamou e nos comunicou que Jonatha andaria
somente até os 09 anos e entraria em óbito aos 15 anos. Foi quando meu chão
desmoronou. Fiquei flutuando, não podia acreditar naquilo, não poderia ser
verdade, meu menino tão forte, tão corado, tão alegre. Aquele sorriso estampado
em seu rosto, seus dentes tão brancos, nem sonhava que sua vida seria tão curta
segundo o diagnóstico médico.
Mas
continuamos nossa batalha sem nunca mais tocarmos naquele triste assunto.
Jonatha
passou dos 09 anos andando com dificuldades, mas andava. Ia fazer suas terapias
andando de ônibus, sempre sorrindo. Corria, andava de bicicleta e nunca
perguntou por que tinha que fazer aquelas terapias.
Aos 13 anos
foi para uma cadeira de rodas e também não fez nenhuma pergunta, e assim fomos
batalhando sempre.
Aos 15 anos
Jonatha continuava ali sorrindo, brincando e fazendo terapias e assim foram se
passando seus aniversários de 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23 e 24 anos. Todos
com festa e era tudo alegria, até o dia 27 de fevereiro de 2012, quando meu
menino reclamou pela 1ª vez quando adoeceu. Então, foi internado dia 29 de
fevereiro, ficando entubado por 48 dias. E as 21:15 hrs do dia 16 de abril de
2012 minha joia preciosa foi para não mais voltar. Deus o levou e me deixando
sem nunca mais poder tocá-lo e nem mais ver aquele sorriso tão lindo que me
encantava. Naquela cama de UTI ele sorria não sabendo da gravidade de seu
problema.
Hoje sou
triste, apagada, sem gosto por nada, saio de casa, pois o vejo o tempo todo no
quarto em seu computador. Quando entro em seu quarto é como se ele estivesse em
sua cama, e até seu cachorro vai atrás de mim no quarto procurando-o. É como eu
fazia todas as manhãs para levantá-lo e trazê-lo para a cozinha para o café da
manhã.
Então minha
vida se transformou em nada, pois tudo o que tinha era o meu filhinho, tão
querido, tão amoroso.
Sei que um
dia vamos nos encontrar. Hoje fico só na
saudade de poder novamente pentear seus longos cabelos como todas as manhãs eu
fazia. Saudade em lhe dar o banho, trocar suas roupas e seu tênis. Era eu quem
fazia tudo por ele.
Só Deus sabe
o quanto está sendo difícil ficar sem ele. Eu cuidaria dele por mais 24 anos
sem reclamar e Deus sabe disso também.
Essa é a
história de amor entre mãe e filho, Terezinha e Jonatha, real e sincera de todo
o meu coração.
Encerro com
uma pequena declaração a você meu filho:
- A mamãe te
ama demais, do tamanho do infinito. Fica com Deus meu filhinho querido. Anjo de
Paz e de Luz.
Te amo Jonatha.
Queridos Celso e Teresinha.
ResponderExcluirQue linda homenagem para o Jonatha, só pais com muito amor no coração conseguem escrever essa história de vida com palavras tão carinhosas, sei que foi muito difícil, o mais importante que vcs conseguiram.
Seu filho está muito orgulhoso e agradecido pelos pais que Deus escolheu para ele nesta vida.
Deus escolhe pais especiais para filhos especiais e vcs foram escolhidos para cuidar do Jonatha, com tanto amor e carinho.
Seu filho deixou um lindo raio de LUZ para iluminar nossos caminhos.
Amo vcs..Bjs..
Olá Terezinha,
ResponderExcluirSei exatamente o que você sente, estamos unidas pela mesma dor. A ausência de nossos queridos filhos deixou um vazio profundo, uma dor sem nome, uma saudade sem fim... dói muito!
Muita força, minha amiga. Nossa caminhada é árdua, sofrida, mas precisamos continuar. Com fé tudo é possível...
Deus jamais nos abandona! Que Ele a ampare sempre!
Beijos e muita paz em seu coração.
Linda homenagem, lindo filho! fique bem minha querida, porque ele lá de cima não quer ver suas lágrimas... um beijo em seu coração! fique bem.
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