A terapia do Luto de mães que perderam filhos



Por  Adriana Thomaz

Porque a forma mais natural é que a morte dos pais preceda a de seu filho, a mãe tem muita dificuldade para se readaptar a uma nova e aparentemente ilógica realidade, uma vez que sua identidade pessoal esta amarrada ao seu filho, além de sentir-se impotente e perguntar-se, quase sempre, se não poderia ter protegido o seu filho da morte.
A base do trabalho terapêutico do luto com mães que perderam filhos, principalmente de forma trágica, está nas seguintes premissas: a “autorização para sofrer”, o “livrar-se da culpa” e o “você pode ser feliz de novo”.
A terapia do luto é a expressão livre dos pensamentos e sentimentos a respeito da morte e tal expressão é parte essencial da cura.

Muitas vezes é preciso verbalizar, dizer frases concretas, do tipo ”Permita-se sofrer: Seu filho morreu. É permitido chorar”, “Chorar não vai fazer seu filho ficar triste nem atrapalhar o caminho dele”, “Expresse a sua dor abertamente”, “Quando você compartilha seu sofrimento fora de si mesmo, a cura ocorre. Ignorar a sua dor não irá fazê-la ir embora e falar sobre isso pode fazer você se sentir melhor”, “Permita-se falar de seu coração, e não apenas de sua cabeça. Isso não significa que você está perdendo o controle ou vai ficar “louca” e sim uma fase normal do processo de luto”, “Fale com seus outros filhos sobre a morte do irmão  e, se tiver vontade, chore com eles”.

Com a morte de um filho, as esperanças, sonhos e planos para o futuro são desmontados, virados de cabeça para baixo,  começando uma jornada que é muitas vezes assustadora, dolorosa e avassaladora. Na verdade, às vezes os sentimentos de dor pela morte de um filho  vem de forma tão intensa que a mãe não entende bem o que está acontecendo. Faz parte do processo terapêutico, sugestões práticas para o dia-a-dia após a morte, ajudando o movimento em direção ao bem estar, respeitando sua experiência única de sofrimento, validando, descobrindo e reconhecendo a maneira particular daquela pessoa viver seu luto com a máxima coerência íntima.

Na terapia, procura-se enfatizar que o sofrimento é único e que ninguém, incluindo os outros filhos e parentes, sofrerá exatamente da mesma maneira. Cada um tem seu rítmo, reage de forma diferente e não existe certo e errado.

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Comentários

  1. Oi minha amiga querida!
    Obrigada por compartilhar conosco um texto magnífico e esclarecedor. A terapeuta do luto Adriana Thomaz faz um trabalho admirável e ela descreve de forma perfeita o sentimento de dor de uma mãe que perdeu seu filho. Suas palavras são sábias e verdadeiras. Realmente o sofrimento é único, a dor de cada mãe é a "maior" e cada uma reage de forma diferente. Só Deus e nós sabemos o que o nosso coração sente.
    Um abençoado e colorido Setembro para ti!
    Beijo e abraço cheio de ternura.

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    Respostas
    1. Oi amiga....
      Obrigada pelo seu comentário a Adriana Thomaz, faz um trabalho muito especial e com bastante seriedade e confiável com a dor do luto.
      Sei que esta postagem vai ajudar, e esclarecer muitas duvidas, principalmente com mães e pais que perderam seus filhos.
      Não existe uma regra, nem uma magica para eliminar essa dor do luto, e sim um aprendizado que precisamos enfrentar e viver todos os dia para conviver melhor com essa realidade e a difícil aceitação..
      Vamos procurar viver o hoje e o amanhã só Deus saberá...
      Bjss amiga.. Uma semana com muita LUZ...

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  2. Olá perdi meu filho a 1ano e 4 meses...quero muito conversar tentar refazer minha vida! Entre em contato comigo porfavor nao sei mexer no blog....meu email e quelma.rozeni@gmail.com obrigado

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  3. Oi Quelma..
    Obrigada por compartilhar comigo e pedindo ajuda estou pronta para te ajudar eu e nossos parceiros e parceiras do Grupo.
    Mandei um e-mail com meus telefones fixo e celular.
    Estou esperando que entre em contato para conversarmos e nos conhecermos melhor.
    Que os santos Anjos te cuidem..
    Com carinho e até breve...

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  4. Bom dia, amiga!!!
    Tenha um lindo dia repleto de flores,
    paz, amor e muito carinho!
    Beijos.

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  5. Paola 28 de fevereiro de 201628 de janeiro de 2016 às 14:37

    Boa Tarde, amiga!.Em 2013 perdi a minha filha (filha única)de 7 anos com um tumor cerebral. Li seu texto, e por várias vezes me vi ali passando por aqueles momentos descritos. Atualmente tenho sentido muitas saudades , tristeza e dor. Todos falam que o com o tempo vai amenizando essa dor , mas para mim não. Gostaria muito de fazer terapias de grupo , ouvir as pessoas que passaram pela mesma dor. Obrigada.

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