PARTILHANÇA, Partilha na esperança...



Ouvir e ser ouvido.
Como é que você se exercita, concretamente, cada dia na convivência com as pessoas no que diz respeito ao falar e ouvir?
Como é que você age e reage diante dos seus interlocutores? Sabe ser paciente no ouvir?
Como é que você se comunica com o outro? Demonstra claro interesse no que a outra pessoa diz?
Ou vive o tempo todo interrompendo e não permitindo que a outra pessoa se expresse livremente?
Você olha nos olhos das pessoas quando lhe dirige a palavra?

Falta-nos, muitas vezes, paciência em ouvir as pessoas. Estamos por demais centrados em nós mesmos e não queremos “perder tempo” com o outro sob o pretexto de que tem algo mais importante a fazer...
Quando a gente leva em conta o outro, está se levando em conta o que ele é tem a dizer, dando-lhe a importância que lhe é devida.
Você valoriza o que as pessoas têm a dizer?
Sente-se valorizado quando você é a pessoa que precisa ser ouvida?

Talvez, levado pela correria do dia a dia, acabamos por atropelar tudo o que vem pela frente, e no falar e ouvir não é diferente. Por vezes, não se dá oportunidade para que o outro fale, se expresse, pelo contrário, nos antecipamos interrompendo a fala da pessoa, excluindo a possibilidade de se estabelecer um diálogo verdadeiro...

Muitas vezes deixamos de escutar a outra pessoa sob o pretexto de que ela seja alguém que não é digna da minha atenção, confiança, do meu tempo, como se fôssemos melhor do que o outro, tornando-nos preconceituosos, arrogantes...
Há pessoas que, infelizmente, não têm nenhuma delicadeza na forma de tratar o seu próximo... E o que dizer então, quando esse próximo são os membros da própria família? Se é rude, áspero, indelicado, tem sempre uma resposta na “ponta” da língua para dar, como uma maneira de revidar... Pior ainda: quando no lar o que impera são chingamentos, palavras de baixo calão, gritos...
Outro dia uma pessoa veio desabafar comigo dizendo que o seu cônjuge trata as pessoas do círculo de amizade, trabalho de uma forma educada, atenciosa, mas com os de casa está sempre mal humorado, agressivo, impaciente...

A maneira como falamos com a s pessoas revela quem somos e o caráter que temos...

É difícil, muito difícil estabelecer conversas com aquelas pessoas que querem sempre ter a última palavra sobre tudo, que estão sempre certas, que não erram nunca, que se acham donos da verdade, quando se autoproclama infalível...

É sempre muito bom usar do “desconfiômetro” quando estamos fazendo uso da palavra: há franqueza no que falo? É pautada pela verdade? Sou honesto diante do outro? O momento é o mais oportuno? Sou claro, transparente?
Mais do que saber falar, saber ouvir é que vai fazer a diferença”

texto: Jadecir
foto: fonte desconhecida

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