PARA REFLETIR

                                                                                   
               Com relação aos filhos, gosto de observar a natureza quando produz uma bela árvore frutífera. De uma semente plantada no solo, nasce e cresce a árvore. Podemos ficar imaginando quanto trabalho ela teve para crescer, vencer as dificuldades naturais e chegar à altura que chegou. Agora, ela dará suas primeiras flores que, em seguida, se transformarão em frutos. Que certamente procurará alimentar com a melhor seiva que possui, tornando cada fruto mais bonito do que o outro. Coloridos, saborosos, volumosos. Alguns, porém, mesmo recebendo todo esse cuidado, poderão ser atacados por insetos que irão devorá-los por dentro até destruí-los. Outros não crescerão a contento e acabarão por secar e cair. Porém, a maioria irá se tornar suculenta e vistosa, sendo recolhida para diversos fins... Alguns alimentarão pessoas, outros se transformarão em suco e outros mais em doces e geléias. Dependendo da espécie, poderão se transformar em remédios, que irão aliviar sofrimentos e curar doenças. Mas, não caberá à árvore definir o tipo de cada fruto que ela mesma gerou. Simplesmente porque os frutos não lhe pertencem. Ela os gerou e lhes proporcionou o que melhor lhes poderia dar.. A partir daí, cada fruto seguirá seu próprio caminho. Suas sementes, quem sabe, se tornarão em muitas outras árvores que, da mesma forma, produzirão flores e frutos. E o ciclo de vida prosseguirá sem que nada, nem ninguém, se possa julgar proprietário exclusivo de suas crias. Criamos e entregamos ao mundo, cada um para o seu próprio destino. E, enquanto aqueles frutos seguem o seu destino, a árvore não irá atrofiar nem morrer, porém continuará sua vida, produzindo novas flores, novos e saborosos frutos.
            Curiosamente vamos encontrar, na natureza, algumas árvores que seguram seus frutos mais do que devem. Estes, entretanto, irão definhar e secar, não servindo para nada.
            Aprendendo com a natureza, percebendo a lição das árvores,  também nós deveremos acolher as pessoas que nos forem dadas, os bens materiais,  os cargos e os títulos que conquistamos.  Mas o faremos com amor e respeito, enquanto os pudermos ter.Depois, sem eles, nossa vida continuará a ter o mesmo sentido de sempre... Pois o sentido da vida, reafirmamos, está em nós mesmos e não nos outros, nem nas coisas que eventualmente produzirmos ou temporariamente possuirmos.
Extraído do livro “Convivendo com Perdas & Ganhos” de autoria do Sr.Evaldo Alves D’Assumpção, PGS. 22,23 E 24.

Comentários

  1. É realmente muito difícil admitir que nossos filhos na verdade não são nossos, mas sim presentes de Deus, que Ele nos confiou para que cuidássemos deles enquanto estivessem conosco. Acho que toda mãe no fundo pensa que seus filhos são eternas crianças, sempre carentes de cuidado, carinho e amor. É difícil para muitas mães admitirem que seus filhos cresceram e não precisam delas tanto assim. Imaginem então a dificuldade para as mães que perdem seus filhos em plena infância. É como se colhessem o fruto da árvore sem que eles tenham amadurecido. Aliás acho que toda mãe que perde seu filho tem essa sensação, seja lá qual for a idade do filho que partiu.
    Abraços

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