A ARTE DA ACEITAÇÃO


Aceitar nossa realidade, tal qual é, representa um ato benéfico em nossa vida. Aceitação traz paz e lucidez mental, o que nos permite visualizar o ponto principal da partida e realizar satisfatoriamente nossa transformação interior.

Só conseguimos modificar aquilo que admitimos e que vemos claramente em nós mesmos, isto é, se nos imaginarmos outra pessoa, vivendo em outro ambiente, não teremos um bom contato com o presente e, conseqüentemente, não depararemos com a realidade.

A propósito, muitos de nós fantasiamos o que poderíamos ser, não convivendo com nossa pessoa real. Desgastamos dessa forma uma enorme energia, por carregarmos constantemente uma série de máscaras como se fossem utilitários permanentes.

A atitude de aceitação é quase sempre característica dos adultos serenos, firmes e equilibrados, à qual se soma o estímulo que possuem de senso de justiça, pois enxergam a vida através do prisma da eternidade. Esses indivíduos retêm um considerável “coeficiente evolutivo”, do qual se deduz que já possuem um potencial de aceitação, porquanto aprenderam a respeitar os mecanismos da vida, acumulando pacificamente as experiências necessárias a seu amadurecimento e desenvolvimento espiritual.

Quando não enfrentamos os fatos existenciais com plena aceitação, criamos quase sempre uma estrutura mental de defesa. Somos levados a reagir com “atitudes de negação”, que são em verdade molas que abrandam os golpes contra nossa alma. São consideradas fenômeno psicológico de “reação natural e instintiva” às dores, conflitos, mudanças, perdas e deserções e que, por algum tempo, nos alivia dos abalos da vida, até que possamos reunir mais forças, para enfrentá-los e aceitá-los verdadeiramente no futuro.

Não negamos por ser turrões ou teimosos, como pensam alguns; não estamos nem mesmo mentindo a nós próprios. Aliás, “negar não é mentir”, mas não se permitir “tomar consciência” da realidade.

texto do livro “Renovando Atitudes" 

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