Pai heroi
*Poesia de José Maria Garmatter.
Escrita em 1983, portanto há 28 anos, mas um tema muito atual!
* Poesia extraida do livro Pensamentos e poemas.
Minha homenagem carinhosa a todos os pais.
Escrita em 1983, portanto há 28 anos, mas um tema muito atual!
Papai, quando eu crescer quero ser grande!
Um rei, um artista ou um heroi!
Filho, aqui já não mais existem nem reis, nem herois.
Você tem que ser artista.
Use a arte da dignidade, que há muito foi esquecida;
Da lealdade, que não mais se ouve dizer;
Da honestidade, que, acho eu, já morreu;
Do patriotismo, que com este tempo adoeceu;
Da verdade, que foi torcida e aleijada;
Do trabalho, que se transformou em agiotagem;
Da liderança, que foi sufocada;
Da justiça, que nome certo já não tem;
Do amor, que a massificação esmagou;
Da cultura, que nem vocabulário mais tem;
Da oração, que se apagou;
Da esperança e da fé, que desacreditadas foram!
Filho, o que lhe disse muito me doi.
Mas só sendo assim artista,
Você será heroi!
Minha homenagem carinhosa a todos os pais.
O DESEJO DE UM PAI
Evaldo D´Assumpção
Eu quero um filho, uma filha,
Que recebendo um “sim”,
O façam com alegria e responsabilidade.
E quando receberem um “não”,
Que o aceitem com humildade,
E não como humilhação.
Afinal, tanto o “sim” como o “não”
Dados com amor pelo pai
Veem sempre de um coração,
Que só tem amor e fidelidade
E almeja sua educação.
Eu quero um filho, uma filha,
Que aproveitem intensamente
A sua infância e juventude,
Conscientes de que são
Tempos curtos e passageiros,
Nos quais se constrói o futuro.
Que saibam escolher as amizades,
Sem se esquecerem de que o pai
É muito mais do que um amigo:
É PAI!
Mesmo que não lhes pareça
Tão solidário e simpático,
Como pensam serem seus amigos.
Afinal, amigos não têm
Responsabilidades entre si,
Para a educação e formação.
Mas, os pais que são autênticos,
Vivem, em constante ocupação,
De educar e formar seus filhos.
Sim, eu quero um filho, uma filha,
Para quem possa mostrar os caminhos,
Caminhando sempre ao seu lado,
Mesmo como presença invisível,
Sempre atento ao seu fado.
Quero filhos que observem
Meus atos e minhas palavras,
Sem serem críticos, demasiadamente,
E nem um pouco subservientes.
Que questionem sim,
Mas façam sempre o que for conveniente,
Com o respeito que se deve aos pais,
Aos mestres e aos mais idosos.
Eu quero um filho, uma filha,
Que não me vejam apenas como “quebra-galhos”
Nas horas de aperto e de incertezas.
Que compartilhem comigo suas dúvidas,
Suas vitórias, suas derrotas,
Sem outra intenção que não seja
O puro compartilhar que sobeja
Sua vontade de lutar.
Que ouçam as minhas sugestões,
Mesmo que não as venham a utilizar.
Que não precisam ser gênios,
Nem os melhores alunos da escola,
Sequer os mais brilhantes.
Que a tudo extrapolam.
Que sejam alegres, sem serem debochados,
Sejam soltos, sem serem irresponsáveis,
Que em valores reais sejam moldados.
Como presentes inestimáveis,
Das quais apenas fui o instrumento
De alguém infinitamente maior,
Que é o Pai de todos nós.
Eu não quero um filho, uma filha,
Só para as alegrias do seu nascimento,
Nem das festas dos seus aniversários,
Tampouco só para o Dia dos Pais.
Sim eu quero, e quero mesmo,
Alguém que seja filho, seja filha,
Sempre amigos e companheiros,
E da felicidade, bons obreiros!
Oi Zelinda
ResponderExcluirAs duas poesias combinaram muito bem.
Dê um abraço ao Nazir e meus votos de muitas alegrias , sempre e sempre, como pai, marido,irmão, amigo etc etc
bjs
Ligia
Zelinda querida, belos poemas.
ResponderExcluirUm beijo.